Doze membros de um grupo religioso foram presos nesta terça-feira (5/7) pela morte de uma menina de oito anos na Austrália.
Elizabeth Struhs (à direita) fotografada com sua irmã, Jayde — Foto: JAYDE STRUHS via BBC
No
início deste ano, seus pais foram acusados de assassinato, tortura e de
fracassar em prover as necessidades da vida.
O
grupo estava ciente da deterioração da condição de Elizabeth, mas não procurou
ajuda médica, disse a polícia do Estado de Queensland em um comunicado.
Seus
pais — Jason e Kerrie Struhs — são membros de um pequeno e isolado grupo
religioso na cidade de Toowoomba que não está associado a nenhuma igreja
tradicional, segundo a imprensa local.
A
polícia alega que o casal e outros integrantes do grupo rezaram pela
recuperação de Elizabeth quando ela ficou gravemente doente.
O
superintendente da polícia, Garry Watts, disse que as autoridades ficaram
surpresas com o que descobriram.
"Em
meus 40 anos de policiamento, nunca me deparei com algo assim", disse ele.
"E não estou ciente de um evento semelhante em Queensland ou na
Austrália."
A
irmã mais velha de Elizabeth, Jayde Struhs, culpa os próprios pais e o grupo
religioso pela morte da menina.
Em
um evento de arrecadação de fundos organizado para apoiar os irmãos de
Elizabeth, Jayde disse que sua família ficou "completamente arrasada e com
o coração partido".
"Nós
enfrentamos uma realidade brutal: as pessoas que deveriam tê-la protegido não o
fizeram, e talvez nunca saibamos exatamente o que aconteceu", escreveu
ela.
Ela
disse que seus pais — com quem ela é brigada — faziam parte de um culto que
leva a religião a extremos e usa o medo para controlar seus integrantes.
As
12 pessoas presas devem comparecer ao tribunal na quarta-feira (6/7). Jason e
Kerrie Struhs retornarão ao tribunal no final de julho.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: g1
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