Geraldo Daniel de Oliveira foi preso nesta quinta-feira (9) pelos crimes de desmatamento e queimadas em uma área, que já havia sido embargada pelo Ibama, no ano de 2019, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. O titular da Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), Ualame Machado, afirmou que o goiano é o principal responsável pelos números de depredação ambiental no sul do Pará.
"As
equipes estão na área para a partir desta sexta-feira (10), iniciarem a perícia
e produzirem um laudo atestando a gravidade do dano assim como a sua
extensão", afirmou o titular da Segup.
Esferas
administrativa e criminal
O
secretário Ualame Machado também disse que será aberto inquérito policial civil
e um procedimento interno na Semas para a questão da autuação feita contra o
acusado. A área explorada ilegalmente por Geraldo Oliveira é próxima à Área de
Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, que é estadual.
"Dentro
do desmatamento do Pará, ela representa cerca de 10%. É a área, que,
individualmente, falando é onde existe o maior desmatador da região, e que hoje
foi localizado pelas nossas equipes", enfatizou Ualame Machado,
Geraldo
e o irmão dele, José Brasil, são donos da Fazenda Ouro Verde, na APA Triunfo do
Xingu. Os dois tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, suspeitos de
mandar desmatar 5,5 mil hectares em área ambiental, no ano de 2019. Mas,
Geraldo escapou, ficou foragido por um tempo e conseguiu um habeas corpus na
Justiça, o que impediu a polícia de prendê-lo. Ele então voltou para o sul do
Pará.
Prisão
e crimes
Ualame
Machado explicou que o goiano foi preso na Operação Outsider, expressão em
inglês que pode significar o que não pertence ao grupo ou forasteiro. "Nós
temos a operação Amazônia Viva de combate ao desmatamento que nós fazemos
sempre, porém, foi necessária uma ação específica para que a gente pudesse
trabalhar alguns alvos que são os principais responsáveis pelos números do desmatamento
que a gente tem no Pará", disse.
Recentemente,
foi identificado que havia desmatamentos e queimadas na mesma área já embargada
pelo Ibama, em 2019. "Ele tem muitas milionárias aplicadas pelo
Ibama", disse o secretário de Segurança Pública.
Postos
de gasolinas e propriedades rurais
O
secretário disse também que Geraldo está há alguns anos no Pará, inclusive com
atividades consideradas lícitas, como postos de combustíveis e algumas
propriedades, mas todas serão investigadas.
"Não
apenas o dano ambiental, mas possivelmente a questão da formação de quadrilha,
associação criminosa, lavagem de dinheiro, tudo aquilo que envolve atividade
ilícita, lavagem ou embranquecimento, como se chama desse dinheiro",
afirmou o titular da Segup.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: O liberal
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