Há um ano, Lázaro Barbosa, de 32 anos, invadiu a casa da família Vidal, em Ceilândia, no Distrito Federal, e matou uma família inteira: pai, mãe e dois filhos do casal. Parentes contaram ao g1 que, após 12 meses da tragédia, ainda tentam entender o que aconteceu e buscam respostas da Justiça.
Cláudio Vidal, Cleonice Marques, Gustavo Vidal e Carlos Eduardo Vidal foram mortos por Lázaro Barbosa — Foto: Arquivo pessoal
Cláudio
Vidal de Oliveira, de 48 anos, Gustavo Marques Vidal, de 21, Carlos Eduardo
Marques Vidal, de 15, foram encontrados mortos dentro de casa. Segundo a
investigação, após matar o trio, Lázaro sequestrou a mãe dos jovens, Cleonice
Marques, de 43 anos, que foi encontrada sem vida, três dias depois, em um
córrego.
Em
seguida, Lázaro deu início à uma fuga que durou 20 dias. Ele acabou morto pela
polícia de Goiás.
Ivan
Rodrigues de Amorim, irmão de Cleonice, conta que, após os assassinatos,
"a vida passou a ser difícil". De acordo com ele, como Lázaro foi
assassinado, a família sente como se nunca tivesse conseguido uma resposta
sobre o que aconteceu.
"Não
falaram nada para a gente e continuamos aguardando. É tudo muito
complicado", diz Ivan.
Nesta
terça-feira (7), a família participou de uma audiência na Promotoria de Justiça
de Ceilândia, em que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
(MPDFT) convocou a Polícia Civil para prestar alguns esclarecimentos. O
advogado da família assassinada, Fábio Alves, conta que eles querem detalhes
sobre a investigação.
"O
inquérito segue aberto, porém, todo processo está sob sigilo total. Então, não
temos muitas informações sobre o caso", diz o advogado Fábio Alves.
Ameaças
Sobrinha
de Cláudio Vidal de Oliveira, Priscila Vidal, conta que, além de suportar a dor
da perda dos familiares, ainda precisa lidar com ameaças de morte. Ela diz que
um primo, que veio de Formosa (GO) para tomar conta da propriedade do tio
assassinado, recebeu uma mensagem e precisou procurar a polícia há cerca de 2
meses.
"A
pessoa se identificou como o próximo Lázaro e falou que ia matá-lo", conta
Priscila.
Priscila
registrou ocorrência na Polícia Civil do DF e diz que aguarda a investigação.
Sobre a morte dos tios e dos primos, ela afirma que a família passou a viver
com medo.
"O
que a gente quer é saber o que motivou tudo isso e se tem mais gente envolvida.
Não temos paz ou algum momento de sossego", diz.
Lázaro
Barbosa foi apontado como principal suspeito de matar as quatro pessoas da
família Vidal, no dia 9 de junho de 2021, no Incra 9, em Ceilândia. Segundo
investigação da Polícia Civil do DF, ele invadiu a chácara e assassinou
Cláudio, Gustavo e Carlos.
A
esposa de Cláudio e mãe dos jovens, Cleonice foi sequestrada pelo suspeito e
encontrada morta três dias após o crime. Em 29 de junho, a Polícia Civil do DF
divulgou que a mulher havia sido assassinada com tiro no crânio, e que havia
indícios de violência sexual.
Após
os crimes, Lázaro invadiu várias chácaras, fez uma série de reféns e deixou,
pelo menos, quatro pessoas feridas. Ele passou 20 dias foragido.
Mais
de 200 agentes de forças de segurança do DF, de Goiás e federais participaram
da operação para encontrá-lo. Após ser capturado, Lázaro foi atingido por
vários tiros.
Ele
chegou a ser levado pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Municipal Bom Jesus,
em Águas Lindas de Goiás. A morte foi confirmada pela Polícia
Técnico-Científica de Goiás, e o corpo levado ao Instituto Médico Legal (IML)
de Goiânia.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: g1
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