A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou hoje (30) um leilão para a construção, operação e manutenção de 5.425 quilômetros de linhas de transmissão e de 6.180 mega-volt-ampères (MVA) em capacidade de transformação de subestações. O leilão foi dividido em 13 lotes, com investimentos previstos da ordem de R$ 15,3 bilhões e geração de 31.697 empregos diretos em 13 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia.
As instalações de transmissão fazem parte do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República.As
empresas vencedoras do leilão terão de concluir as obras entre 42 a 60 meses,
contados da assinatura dos contratos. Já o prazo de concessão das linhas será
de 30 anos.
O
valor global da Receita Anual Permitida de referência (RAP máxima) a ser paga
aos empreendedores é de aproximadamente R$ 2,2 bilhões.
A
diretora-geral substituta da Aneel, Camila Bonfim, disse que o sucesso do leilão
foi possível porque há um ambiente seguro e atrativo para investimentos no
setor elétrico, construído ao longo de anos com governança bem estruturada,
segurança jurídica, estabilidade e previsibilidade regulatória.
“Trabalhamos
com regulamentos que incentivam a competição e a inovação para assegurar
serviço de qualidade e tarifa justa. Vamos continuar com esse propósito que tem
resultado no sucesso de leilões de transmissão”, garantiu.
O
secretário adjunto do Ministério de Minas e Energia, José Roberto Bueno Júnior,
afirmou que as obras concedidas hoje contribuirão de maneira relevante com a
continuidade da operação confiável do Sistema Interligado Nacional, promovendo
suprimento adequado aos consumidores de energia do país sempre em linha com a
busca pela modicidade tarifária na indicação de novas soluções de expansão.
"As
expansões leiloadas hoje são relevantes porque proporcionarão também a abertura
da margem de conexão para empreendimentos de geração renovável no estado de
Minas Gerais, cujo potencial para energia fotovoltaica se mostrou viável e com
aproveitamento benéfico para o sistema elétrico brasileiro", destacou.
Veja
o que foi arrematado:
O
vencedor do Lote 1, que tem extensão de 1.269 km e potência de 1.350 MVA,
abrangendo cidades nos estados de Minas Gerais e São Paulo, com a finalidade de
expandir a capacidade de transmissão da Região Norte de Minas Gerais, foi o
Consórcio Verde, pelo valor de R$ 283,3 milhões, com deságio de 47,34% sobre a
RAP de R$ 538.002.334,19.
O
vencedor do Lote 2 foi a NeoEnergia. Neste lote, a extensão é de 1.707 km, nos
estados de São Paulo e Minas Gerais, com a finalidade de expansão da capacidade
de transmissão da região Norte de Minas Gerais. O valor oferecido foi de R$ 360
milhões, o que representa um deságio de 50,33% sobre o valor de referência de
R$ 724.733,986,08.
O
Lote 3 foi arrematado por R$ 285,7 milhões, com deságio de 46,7% sobre o RAP de
R$ 536.601.473,45, pelo CTEEP. A extensão desse lote é de 1.139 km, nos estados
de Minas Gerais e Espírito Santo, com a finalidade de expansão da capacidade de
transmissão da região Norte de Minas Gerais.
O
Lote 4, que tem extensão de 217 km, no estado do Amapá, tem o objetivo de dar
uma solução estrutural para aumento da confiabilidade do atendimento a Macapá,
foi arrematado por R$ 38,893 milhões pela Zopone Engenharia e Comércio LTDA. O
deságio com relação ao RAP (R$ 40.940.124,37) chegou a 5%.
Com
extensão de 113 km, o Lote 5, que abrange os estados da Bahia e Sergipe, foi
arrematado pelo consórcio Sterlite Brazil Participações por R$ 22 milhões, com
deságio de 26,52% em relação ao valor de referência de R$ 29.941.042,18. A
finalidade deste lote é a de aumentar a capacidade de transmissão e atendimento
às cargas no estado do Sergipe.
O
Lote 6, com potência de 600 MVA, no município de Guarulhos, em São Paulo, foi
vendido por R$ 13,4 milhões para a CTEEP, com deságio de 59,21% em relação ao
valor de referência de R$ 32.932.281,21.
O
Lote 7, que deve atender ao crescimento de carga na região Sudeste do Pará, com
potência de 450 MVA, foi arrematado pelo Consórcio Engie Brasil Transmissão,
por R$ 6.484.596,00, o que representa um deságio de 59,9% com relação à RAP de
R$ 16.171.062,27
O
Lote 8, com extensão de 11 km, em Rondônia, e finalidade de integrar o Humaitá
ao SIN, dando aumento da capacidade de atendimento à região de Porto Velho,
ficou com a empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil que pagou R$
12.252.258,58. O deságio foi de 38,57% com relação a RAP de R$ 19.946.015,82.
O
Lote 9, que tem extensão de 505 km no Mato Grosso e Pará, para suprir as
regiões de Cláudia e Novo Progresso e valor de referência de R$ 130.666.279,71,
foi arrematado pela Sterlite Brazil Participações por R$ 87,6 milhões , com
deságio de 32,96%.
O
vencedor do Lote 10, com extensão de 159 km, em Santa Catarina, para
atendimento elétrico à Região Oeste do estado de Santa Catarina e região
Sudeste, bem como garantir o controle de tensão no Sistema de São Paulo, foi a
Taesa com o valor de R$ 18,7 milhões, o que gerou um deságio de 47,96 % sobre o
valor de referência que era de R$ 36.104.540,82.
O
Lote 11, com extensão de 291 km no Mato Grosso do Sul, com potência de 300 MVA
foi arrematado por R$ 38,2 milhões pela Neoenergia S.A.. Com relação ao valor
de referência de R$ 70.406.099,76, o deságio foi de 45,74%.
O
Lote 12, com extensão de 13 km e atendimento à região metropolitana de Manaus,
no Amazonas, e valor de referência de R$ 32.306.394,47, foi vencido para
Energisa Transmissão de Energia, pelo valor de R$ 17,6 milhões, com deságio de
45,26%.
O
Lote 13, que fica no Acre foi vencido por R$ 22,4 milhões. Nesse caso, no qual
a finalidade é o controle de tensão no sistema elétrico do estado do Acre, o
valor de referência era de R$ 32.500.233,13 e o deságio foi de 31%, oferecido
pelo Consórcio Norte.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: Agência Brasil
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