Um bilhete deixado por debaixo da porta da sede do Conselho Tutelar de Rurópolis, no oeste do Pará, revelou um crime de abuso sexual que vinha sendo cometido no interior de uma casa, localizada na zona rural do município. Segundo a polícia, a autora da denúncia foi uma das vítimas.
Na
carta manuscrita, uma menina contava que estava sendo abusada juntamente com
suas duas irmãs e que o autor do crime era o próprio primo. Foi a partir dessa
denúncia que a Polícia Civil e a Polícia Militar montaram, em conjunto, uma
operação batizada de "Números Primos", com o objetivo de prender o
suspeito.
A
ação que levou à detenção de Alexandre Dalagnol, 29 anos, ocorreu na tarde da
última segunda-feira (23), na localidade conhecida como vicinal do Igarapé
Preto. Agora, ele será indiciado pelo crime de estupro de vulnerável e outras
agressões sexuais contra as próprias primas de 5, 12 e 13 anos.
Segundo
o delegado Ariosnaldo Vital Filho, além da denúncia, o bilhete também continha
um pedido de socorro ao Conselho Tutelar e à polícia, que motivou o início das
investigações, que transcorreram de modo sigiloso até a identificação,
localização e posterior prisão do autor do ato criminoso.
Ainda
de acordo com a autoridade policial, em depoimento prestado na delegacia de
Rurópolis, Dalagnol confessou o crime. Após todos os procedimentos legais, o
suspeito foi colocado à disposição da Justiça.
O
que diz a lei
O
crime de estupro de vulnerável está previsto no artigo 217A do Código Penal
brasileiro e configura-se quando a vítima tem menos de 14 anos ou, “por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência”. A pena varia de 8 a 15 anos.
Denúncias
de violência sexual podem ser feitas pelos números 181 (Disque Denúncia) ou 190
(Emergência). A ligação é gratuita e o anonimato garantido.
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