Há seis meses a auxiliar de serviços gerais Maria Lígia Costa Coelho, de 36 anos, de Boa Viagem, no interior do Ceará, recebeu o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) no filho Luís, de 5 anos. Desde então, a vida da família se transformou em busca de tratamentos para dar qualidade de vida à criança. Em 6 de maio, a mãe ganhou o direito de ter a carga de horário de trabalho reduzida para cuidar do filho.
Maria Lígia Costa Coelho, de 36 anos, conseguiu na Justiça a redução da carga horária de trabalho para cuidar do filho Luís, de 5 anos, diagnosticado com autismo. — Foto: Arquivo pessoal
Primeiros
sinais do autismo
Segundo
a auxiliar de serviços gerais, os primeiros sinais apresentados por Luís eram a
dificuldade de falar, a seletividade em consumir alguns alimentos e de não
querer ficar em determinados lugares. O menino passou por uma pediatra, que
encaminhou a família para um neurocirurgião, que deu o diagnóstico em outubro
de 2021.
"No
começo foi muito difícil receber a notícia do autismo, mas já fui levando ele
para a fono [fonoaudióloga] e para as terapias nas cidades vizinhas. Percebi
que sempre que eu estava ele ficava mais calmo, era positivo", disse
Lígia.
A
mãe, servidora efetiva da Prefeitura de Boa Viagem desde 2015, passou a se
dividir entre os tratamentos de Luís, a filha de 14 anos, o marido e o serviço
em um posto de saúde, que era realizado das 7h às 17h, com intervalo de duas
horas para almoço.
Para
garantir a presença no acompanhamento do filho, Maria Lígia entrou de licença
da prefeitura, mas voltou a trabalhar em dezembro do ano passado e solicitou a
redução da jornada, negada pelo órgão.
"Já
tinha colocado o pedido no administrativo da prefeitura, mas foi negado. Aí
além do diagnóstico e da dificuldade do tratamento em cidades vizinhas, ainda
tive que enfrentar a decisão negativa. Foi quando resolvi procurar a
Defensoria".
Agora,
ela aguarda ser chamada pela prefeitura para saber o horário da nova carga
horária de trabalho, mas já faz planos para o tempo que vai ter perto do filho.
"Meus
planos agora são acompanhar ele nas terapias com mais calma e fazer formações
para entender mais sobre o autismo. Estou com muita fé que o desenvolvimento
dele vai ser melhor", disse Lígia.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: g1
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