O jovem de 14 anos que esfaqueou três colegas na manhã desta sexta-feira (6), em um colégio na zona norte do Rio, não deu qualquer aviso antes de cometer os atos de violência. Segundo o padrasto de uma das vítimas, uma menina de 14 anos que sentava na frente dele na sala de aula, ele simplesmente a esfaqueou nas costas, no braço e no pescoço.
Em
seguida, após a adolescente conseguir correr, ele esfaqueou outra colega, no
pescoço, e ainda atingiu, nas costas, um menino que tentou o imobilizar,
aplicando uma gravata. A série de agressões só terminou quando o professor de
inglês ergueu uma cadeira, chegou perto dele e o chamou pelo nome. Aí, segundo
relatos ouvidos pelo padrasto da jovem, o agressor largou a faca, se acalmou e
foi para um canto da sala.
“Ela
estava sentada na frente dele. Minha enteada disse que sentiu um negócio quente
e saiu correndo. Quando ela olhou para trás, a amiga já estava no chão. O
garoto que estava atrás dele, pulou nas suas costas. Foi um verdadeiro herói”,
contou o padrasto, que na hora estava trabalhando com entregas e recebeu uma
ligação da esposa, dizendo que a enteada havia caído da escada na escola, só
descobrindo o que realmente havia ocorrido quando chegou no local.
Delegacia
O
delegado Marcos Henrique de Oliveira Alves, titular de 37º Delegacia de
Polícia, informou que o agressor será apreendido em flagrante pela prática de
ato infracional análogo ao crime de homicídio tentado, duplamente qualificado,
por motivo fútil e pelo recurso que torna impossível a defesa da vítima.
“O
agressor não tem condições de ser ouvido agora. Ele apresenta um quadro de
surto psicótico e está sendo encaminhado para um hospital. Ele estava em
tratamento. A mãe nos relatou que ele tinha um comportamento alterado, era um
adolescente introspectivo, que não falava com ninguém na turma. E quando era
cobrado por alguma demanda, tinha uma atitude desrespeitosa e agressiva”,
relatou o delegado, que ouviu as três vítimas na noite desta sexta-feira.
Segundo
Alves, a mãe do agressor disse que ele justificou ter praticado esses atos
porque estava sendo ameaçado por alguém. Se ele não praticasse o crime, iriam
fazer mal a ele e a sua família. O adolescente, de acordo com a mãe, já vinha
sendo acompanhado num Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi).
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: Agência Brasil
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