O diretor da CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, disse a integrantes do governo Bolsonaro que o presidente deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país, informou a agência de notícias Reuters nesta quinta-feira (5).
A
agência disse ter conseguido a informação com fontes que falaram com a condição
de que não fossem identificadas.
O
alerta, segundo a Reuters, foi feito por William Burns – o diretor da CIA – em
uma reunião em julho de 2021, de acordo com duas fontes ouvidas pela agência de
notícias.
Ainda
não está claro onde a reunião ocorreu. Porém, a Reuters afirma que Burns esteve
no Brasil em julho, em viagem não estava prevista em sua agenda oficial. Na
ocasião, o diretor da CIA encontrou Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete
Institucional, o general Augusto Heleno, e o então diretor da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
De
acordo com a agência, Burns jantou com os generais Augusto Heleno e o Luiz
Eduardo Ramos, ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência
durante a mesma visita à Brasília, a quem o norte-americano disse que o
processo democrático é sagrado, e que Bolsonaro não deveria se referir a ele
publicamente como vinha fazendo.
Uma
fonte da Reuters em Washington, que também não quis se identificar, confirmou
que uma delegação liderada pelo diretor da CIA aconselhou a assistentes de
Bolsonaro que o presidente brasileiro deixasse de "subestimar o sistema de
votação no Brasil".
Bolsonaro
tem feito constantes ataques ao sistema eleitoral do Brasil e ao voto
eletrônico, sem apresentar provas.
Segundo
a Reuters, nem o governo Bolsonaro nem a CIA comentaram sobre o alerta.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: g1
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