Um pai de santo foi condenado a quatro anos e sete meses de reclusão por abusar sexualmente de uma adolescente de 15 anos, em Belém. Segundo a acusação apresentada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), o religioso cometeu os crimes entre os anos de 2015 e 2016, de forma recorrente. Ele foi condenado por prática de atos libidinosos e conjunção carnal com ameaça ou constrangimento e responder pelos crimes no regime semiaberto.
Segundo
a 10ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Belém, os abusos
começaram em 2015, quando a adolescente passou a morar em Belém, na casa da avó
materna que era praticante de Umbanda.
A
avó da menina pediu ao acusado para realizar trabalhos de limpeza espiritual
para obter a cura da filha e também emprego para o filho. Aproveitando-se da
situação de vulnerabilidade da família, o homem pediu que a avó da garota a
deixasse com ele durante os finais de semana, sexta, sábado e domingo, durante
23 dias, para a realização rituais.
O
acusado passou, então, a colocar medo na adolescente, inventando histórias
sobre a doença de sua mãe e assim começou a praticar os abusos contra a garota,
afirmando que a prática traria a cura para a mãe.
O
pai de santo conseguiu convencer a família da vítima a não questionar os
trabalhos e fez com que garota acreditasse que ser estuprada era a única forma
de salvar a vida da mãe.
Para
o promotor de Justiça, Nadilson Portilho Gomes, atuante no caso, “ocorreu o
crime de estupro de forma continuada, pois religião, crença não constitui
fraude, mas impingir grave temor à vítima para obtenção de vantagem ilícita de
cunho sexual constitui grave ameaça, elemento ínsito ao crime de estupro”.
Processos
como esses, de padres, pastores, pais de santos e demais líderes religiosos e
professores que abusam sexualmente de crianças e adolescentes serão priorizados
durante o mês de maio deste ano pela 10ª Promotoria de Justiça da Infância e
Juventude, com uma das ações da campanha nacional de 18 de maio, do dia
Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantojuvenil.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: O liberal
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