Um novo caso de ebola registrado na República Democrática do Congo motivou as autoridades sanitárias do país a declararem ontem (23) novo surto da doença. É o terceiro surto de ebola no país desde 2018. O último havia sido encerrado em dezembro do ano passado.
A
diretora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) na África, Matshidiso
Moeti, expressou preocupação com o caso. “O tempo não está do nosso lado. A
doença iniciou há duas semanas e agora nós estamos correndo atrás. A notícia
positiva é que as autoridades da República Democrática do Congo têm mais
experiência que quaisquer outras no mundo em controlar rapidamente surtos de
ebola”.
O
novo caso de ebola foi registrado na cidade de Mbandaka. O paciente, um homem
de 31 anos, começou a ter os sintomas em 5 de abril e depois de mais de uma
semana tratando em casa, buscou tratamento no hospital. No dia 21 de abril, ele
foi levado a um centro de tratamento intensivo de ebola, mas morreu mais tarde,
ainda no mesmo dia. Todos que tiveram contato com o paciente passaram a ser
monitorados.
Espera-se
que uma campanha de vacinação tenha início nos próximos dias. O país já tem
estoques do imunizante rVSV-ZEBOV nas cidades de Goma e Kinshasa. Vacinas serão
enviadas para Mbandaka, segundo a OMS. A vacinação deverá começar por quem teve
contato com a vítima, ampliando para os que tiveram contato com esse primeiro
grupo. A estratégia, chamada “vacinação em anel”, em tradução livre, é usada
para conter a propagação do vírus.
O
último surto teve duração de 42 dias. Na ocasião, foram notificados 11 casos
(oito confirmados e três prováveis) e seis mortes na província do Kivu Norte.
Foi nessa mesma província que ocorreu o surto de 2018, que durou dois anos.
O
ebola
O
vírus ebola atinge humanos e primatas (macacos, gorilas e chimpanzés) e foi
descoberto em 1976, próximo ao Rio Ebola, localizado onde hoje fica a República
Democrática do Congo.
De
acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês),
dos Estados Unidos, o hospedeiro natural do ebola ainda é desconhecido, mas
investigadores acreditam que o vírus seja transportado por animais e que os
morcegos sejam os hospedeiros mais prováveis.
O
ebola é transmitido, principalmente, por contato direto de feridas na pele e
mucosas desprotegidas com sangue ou fluidos corporais infectados. Além disso,
pelo contato com objetos, como agulhas e seringas, contaminados; ou pelo
contato com morcegos ou primatas infectados.
“O
ebola não se transmite pelo ar, pela água ou através dos alimentos de um modo
geral. Porém, na África, o ebola pode ser transmitido através do manuseamento
de carne de animais selvagens (que são caçados para alimento)”, afirma o CDC.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: Agência Brasil
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