O Festival Internacional Literatura e Língua Portuguesa - Lisboa 5L - cumprirá a terceira edição de 4 a 8 de maio, mas será a primeira verdadeiramente presencial, ocupando quase trinta espaços da cidade, depois de duas edições afetadas pela pandemia da COVID-19.
A
programação deste ano, apresentada nesta segunda-feira 19 na Estufa Fria, em
Lisboa, divide-se por dez eixos, entre conversas, exibição de cinema, teatro em
livrarias, uma feira do livro ao ar livre, exposições, tertúlias, oficinas para
os mais novos, apresentações e lançamentos literários, convocando mais de uma
centena de convidados.
"Quando
temos isto como eixo de programação, cada um deles já é uma ambição por si só,
agora todos juntos é uma ambição desmedida", admitiu José Pinho.
A
longa lista de autores convidados inclui vários autores portugueses como Joana
Bértholo, Filipa Leal, Patrícia Portela, Afonso Reis Cabral, Valério Romão,
Catarina Sobral, Tânia Ganho, Isabel Minhós Martins, Maria do Rosário Pedreira
e Nuno Júdice, mas também autores do universo lusófono, como o angolano José
Eduardo Agualusa e o cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa.
A
autora alemã Anne Weber, a escritora marroquina Leila Slimani e o romancista
cubano Leonardo Padura também estarão nesta edição do 5L.
A
extensa programação do festival - "para todo o público" - contará
ainda com uma feira do livro no Largo de São Carlos, encenações de teatro em
duas livrarias e num hotel e vários concertos, como o "Palavra Prima -
Tributo a Chico Buarque", no Teatro Municipal São Luiz, com Jorge Palma,
Luísa Sobral, Luca Argel, Garota Não e Alice Neto de Sousa.
Na
apresentação, José Pinho explicou que fez o convite a Chico Buarque, mas o
Prémio Camões 2019 não poderá estar presente. "Voltaremos a
convidá-lo", disse à Lusa.
Destaque
ainda para um ciclo de cinema no Cinema Ideal e uma exposição de ilustração
portuguesa no largo José Saramago, no âmbito do centenário do Nobel da
Literatura 1998.
O
festival irá ainda celebrar o centenário do nascimento das escritoras Salette
Tavares e Maria Judite de Carvalho.
"Aquilo
que nós queríamos e pudemos sonhar é que este festival se torne num festival de
referência em Portugal e no mundo, como há outros", disse José Pinho,
sublinhando que Lisboa tem capacidade para acolher um evento que consiga
"agregar a língua portuguesa, nas diferentes formas e diferentes
países".
Na
apresentação, José Eduardo Agualusa disse que o Lisboa 5L vem colmatar uma
falha, porque "não havia um grande festival literário em Lisboa".
"Espero
que este festival cresça mais, porque continua a faltar ao mundo de língua
portuguesa, no universo da língua portuguesa, um grande festival literário
capaz de atrair não só os leitores, mas capaz de atrair, por exemplo, agentes
literários, jornalistas culturais do mundo todo", disse o escritor.
O
Festival Lisboa 5L é organizado pela câmara municipal de Lisboa e, segundo José
Pinho, tem um orçamento de cerca de 200.000 euros.
O
título 5L diz respeito a "Língua, Literatura, Livros, Livrarias,
Leitura".
Toda
a programação, locais das atividades e lista de autores convidados está em www.lisboa5l.pt.
Da Redação/Viva Notícias
Fonte: Sapo.com.pt
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