A caminhada, que mobilizou a comunidade pocense em defesa da causa dos Autistas, percorreu as ruas da cidade e teve a concentração final na Praça da Alvorada.
No último sábado, 02 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, aconteceu em Capitão Poço uma caminhada pacífica e educativa sobre o tema, que mobilizou a sociedade pocense em defesa da causa das pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
O objetivo da caminhada foi
chamar a atenção da sociedade e dar visibilidade às pessoas que sofrem com o transtorno,
difundindo informações à população para diminuir a discriminação e o
preconceito que ainda há com relação aos portadores de autismo.
A caminhada foi organizada
pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED), em parceria com a AMAAUT
(Associação de Mães e Amigos dos Autistas), e contou com a participação de pais
e amigos de autistas, assim como de grande número de professores e alunos da
rede pública de educação.
A concentração inicial foi na praça da Igreja Matriz da cidade de Capitão Poço, e o trajeto percorrido foi relativamente curto em razão da participação de muitas crianças no evento, especialmente crianças portadoras de autismo. Ao final da caminhada, houve algumas manifestações de autoridades e representantes de instituições que apoiam os portadores de necessidades especiais.
O Secretário de Educação,
professor Amedeu Torres, agradeceu a presença das pessoas no evento e disse que
“a nossa sociedade se transformará, a partir de pequenos atos, que servem para
que as pessoas pensem e façam uma reflexão sobre a necessidade de apoiar a
causa dos autistas”. Segundo ele, “só uma sociedade consciente e reflexiva
poderá ser mais esclarecida e ter melhores resultados”.
Vídeo
No município de Capitão Poço, foi instituída, em 2019, a Semana Municipal de Conscientização do Autismo, através da lei municipal nº 895, de 28 de outubro do referido ano.
As ações realizadas durante
essa semana, de acordo com o art. 4º da lei sancionada, devem ser voltadas para:
I – Oportunizar discussões
permanentes sobre o autismo;
II – Ampliar e estimular o
conhecimento sobre o autismo;
III – Desenvolver
atividades na área da educação, assistência social, psicologia, medicina,
fonoaudiologia, educação física, terapia educacional, empregabilidade,
empreendedorismo em torno da temática do autismo;
IV – orientação e apoio aos
autistas e seus familiares, como forma de melhorar a vida de crianças e adultos
que vivenciam esse transtorno.
É importante ressaltar que
os transtornos do espectro autista (TEAs) se
manifestam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Segundo
informações do portal do Ministério da Saúde, “em muitos casos, eles se
manifestam nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs
frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito
de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas
habilidades cognitivas”.
Embora algumas pessoas
com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências
severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. As
intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia
comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as
dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo
no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As
intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes
e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam
acessíveis, inclusivos e acolhedores.
Sintomas:
De acordo com o quadro
clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos:
– ausência completa de
qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de
movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
– o paciente é voltado
para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente;
consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a
repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
– domínio da linguagem,
inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que
permite levar a vida próxima do normal.
Tratamento:
O autismo é um transtorno
crônico mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão
logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar. Envolve
a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da
imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. É altamente recomendado que
uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção
personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.
Entrevista com a Professora Carol - Coordenadora de Educação Inclusiva da SEMED
Entrevista com a Professora Sandra - Coordenadora da AMAAUT
Com informações do Portal do Ministério da Saúde, disponíveis em: https://bvsms.saude.gov.br/02-4-dia-mundial-de-conscientizacao-sobre-o-autismo/#:~:text=A%20data%2C%20estabelecida%20em%202.007,as%20pessoas%20afetadas%20pelo%20transtorno.
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