Um dos maiores traficantes de Minas Gerais, Roni Peixoto, foi morto a tiros em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (11). A informação foi confirmada pela Polícia Militar (PM).
Roni Peixoto foi encontrado morto — Foto: Reprodução/TV Globo
Segundo
a PM, Roni estava entrando na garagem de casa quando foi abordado por dois
homens encapuzados. Os suspeitos pararam o carro em que ele estava,
identificaram-se como policiais civis e atiraram.
Quatro
minutos depois que a polícia foi acionada, os militares receberam outra
ligação, informando sobre um carro, um carro prata, abandonado na Avenida Duque
de Caxias, no bairro Quarenta e Dois, a cerca de dois quilômetros do local do
assassinato.
De
acordo com os policiais, o veículo estava com o retrovisor quebrado, o vidro
aberto e marcas de sangue. A polícia constatou também que a placa é clonada. A
suspeita é de que ele tenha sido usado para cometer o crime. O material foi
recolhido para perícia.
Conhecido
como braço direito de Fernandinho Beira-Mar em Minas, Roni atuava na capital,
principalmente na Pedreira Prado Lopes, na Região Noroeste, e em toda a Região
Metropolitana.
Ele
já foi preso por homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo, formação de
quadrilha e tráfico de drogas e era tido como um dos líderes do Comando
Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro, em Minas Gerais.
Roni
foi condenado a um total de 35 anos de prisão, desde 1995. Em abril de 2019,
deixou a cadeia e passou a cumprir pena em regime domiciliar, após cumprir mais
de 24 anos em regime fechado.
De
acordo com o advogado dele, Leandro Martins, o cliente exercia "trabalho
lícito, estava ressocializado e não tinha mais qualquer envolvimento com o
crime". "Esperamos por parte da Polícia Civil uma investigação como
de costume: séria, idônea e imparcial", disse.
Relembre
Roni
Peixoto foi condenado a prisão por tráfico de drogas em 1997. A ligação com
Beira-Mar teria se intensificado quando o traficante carioca ficou preso em
Belo Horizonte.
Ele
adquiriu o direito de deixar a prisão durante o dia para trabalhar e, em 2007,
foi detido com 460 kg de maconha.
Em
2010, Roni Peixoto foi preso novamente. Investigações da época apontaram que
ele era chefe de uma quadrilha e obtinha drogas do Paraná e de São Paulo para
serem comercializadas na Grande BH.
No
ano seguinte, enquanto cumpria pena no regime semiaberto na Penitenciária José
Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, Roni fugiu e
entrou na lista dos foragidos mais procurados de Minas Gerais.
Em
2012, ele foi preso dentro de casa, em Goiânia (GO). Roni foi transferido para
Minas Gerais e passou a cumprir pena na Penitenciária Nelson Hungria, em
Contagem, na Grande BH.
Em
2018, passou para o regime semiaberto e obteve os benefícios de saída
temporária e trabalho externo. No mesmo ano, a irmã dele, Edna Peixoto, foi
presa suspeita de tráfico de drogas.
Por
fim, Roni deixou a cadeia em 2019.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: g1
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