O município de Tomé-Açú, nordeste paraense, elegeu Carlos da Vila Nova (PL) como prefeito da cidade pelos próximos quatro anos. Ao lado dele, quem também sai campeão nas urnas é Ladeira (PL), eleito vice-prefeito, com 58,30% (20.172 votos).
Eles derrotaram a chapa composta por Eudes (PSDB) e pelo vice Jonas do Radar, que obteve 12.318 votos (35,60%); em terceiro lugar ficou a dupla Marcelo Barreto (Patriota) e o vice Charles Contador, com 6,11% (2.141 votos). 10.929 eleitores optaram pela abstenção (23,28%).A
eleição suplementar encerrou às 17h deste domingo (7) e contou com 46.945
eleitores aptos e a participação de 608 mesários, distribuídos em147 seções em
27 locais de votação, sendo 12 na área urbana e 15 na zona rural. A eleição suplementar custou, R$ 312.961,51,
o equivalente a R$ 6,93 por eleitor.
O
pleito extraordinário precisou ser realizado após, em 2020, o candidato Carlos Vinicius,
do PL, ter sido eleito com a candidatura indeferida com recurso no Tribunal
Superior Eleitoral, que mais tarde rejeitou, por unanimidade, os dois embargos
de declaração movidos por Carlos contra decisão anterior do Tribunal. Carlos da
Vila Nova, o novo prefeito, é o pai de Carlos Vinicios, o prefeito impugnado em
2020.
"O TSE considerou ele inelegível. Ele já
tinha sido prefeito do município e durante a gestão dele foi acusado juntamente
com o pai de serem mandantes de um duplo assassinato aqui no município. Na
época foi decretada a prisão preventiva do candidato e ele fugiu, estava
foragido, abandonou o cargo e por conta disso a Câmara acabou declarando a
vacância do cargo", relata o juiz eleitoral da 39ª da zona eleitoral,
Ronaldo Pereira Sales.
Segundo
o promotor eleitoral Antônio Manoel Cardoso Dias relatou, apenas algumas
ocorrências foram registradas com delegados de partidos, mas rapidamente
solucionadas. Houve ainda duas ocorrências de quebra de sigilo de voto,
detectadas pela Polícia Civil e Polícia Federal, que apoiaram a eleição
suplementar.
Ele e Sales concordam que foram ocorrências
normais. Uma suposta ocorrência de transporte ilegal de eleitores foi aventada,
mas após apuração com o condutor do veículo denunciado verificou-se que não era
o caso. Ele parabenizou o Tribunal por organizar a eleição de maneira integrada
e alcançando mesmo os pontos mais distantes da cidade.
"A
população se sentiu extremamente prestigiada pela Justiça Eleitoral. Não houve
qualquer discussão em relação a lisura, isso caracteriza que as pessoas confiam
na Justiça Eleitoral. Fica aqui o agradecimento do Ministério Público", disse
ele.
O
diretor da Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu, Silvio Kazuhiro
Shibata, espera que desta vez a população do município conheça quem vai
administrar a cidade pelos próximos três anos. “Precisamos de alguém que fique
e consiga finalizar o seu mandato”, destacou ele, que votou na Escola Fernando
Guilhon, no distrito de Quatro Bocas.
Na
Escola Aldemar Matos da Silva, também em Quatro Bocas, a eleição ocorreu sem
problemas. O mesmo foi visto na Escola Desembargador Wilson Marques, um dos
locais que concentram maior número de eleitores no distrito.
Foi
lá que o agricultor da comunidade rural de Breu, Edvaldo Andrade, votou, cheio
de expectativas para que as Eleições Suplementares possam trazer benefícios
para os cidadãos. “Esperamos ter melhorias principalmente na saúde”, disse.
No
centro de Tomé-Açu, na Escola São Tomé, a eleição também ocorreu dentro do
esperado. “Estamos cheios de expectativa para que essa situação do município
mude”, disse o estudante, Leandro Barros, um pouco antes de votar no local. A
estudante Ana Cláudia Holanda compartilhou desse mesmo pensamento. “Queremos
logo que a situação do município seja resolvida”, opinou.
O
Tribunal Regional Eleitoral montou um Posto de Atendimento ao Eleitor, na
Escola Fábio Luz, para tirar dúvidas, principalmente sobre os locais de
votação. Pela manhã, muitos eleitores procuraram o posto para se informar sobre
onde poderiam votar.
Além
disso, o TSE tem um sistema de auditoria das urnas eletrônicas para comprovar o
funcionamento correto dos aparelhos, que já tinha sido realizado nas eleições
suplementares de Goianésia do Pará, ocorridas no mês passado.
O
procedimento adotado pela Justiça Eleitoral é organizado e executado pela
Comissão da Auditoria da Urna Eletrônica. O juiz substituto, Marcus Alan Gomes,
é quem preside a Comissão.
“É
um procedimento de checagem, de verificação do bom funcionamento da urna
eletrônica. O objetivo da auditoria é fazer essa checagem da votação eletrônica
a partir de um sistema que foi desenvolvido pelo TSE, que é o sistema de
Auditoria da Votação para demonstrar que a urna eletrônica é plenamente
confiável e há total confiança no processo de votação”, detalha.
A
auditoria é feita em esquema de simulação, com uma equipe de servidores que
utiliza as urnas de duas seções eletrônicas, sorteadas no dia anterior. A
auditoria das urnas é exibida ao vivo no canal do Youtube do TRE-Pará, com
objetivo de deixar o pleito ainda mais transparente.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: O liberal
Nenhum comentário
Postar um comentário