Oito militares do Exército foram condenados, no início da madrugada desta quinta-feira (14), por matar o músico Evaldo Rosa e o catador de latinhas Luciano Macedo, em 2019.
Viúva de Evaldo, Luciana, bebe água para se acalmar antes de
dar entrevista após o julgamento — Foto: Nicolás Satrian/g1
As
penas:
* tenente
Ítalo da Silva Nunes, que chefiava a ação, foi condenado a 31 anos e 6 meses;
* outros
sete militares receberam pena de 28 anos;
* quatro
militares foram absolvidos.
Outros
quatro militares que estavam na ação foram absolvidos. Todos os 12 foram
absolvidos do crime de omissão de socorro.
"Eles
não têm noção de como estão trazendo uma paz para a minha alma. Eu sei que não
vai trazer o meu esposo de volta, mas não seria justo eu sair daqui sem uma resposta
positiva", disse Luciana, viúva de Evaldo, após o julgamento. "Hoje
vou chegar em casa, vou tomar um banho e acho que hoje vou conseguir
dormir."
Relembre
o caso
Evaldo
teve o carro fuzilado no dia 7 de abril daquele ano. No total, 257 tiros foram
disparados – 62 atingiram o veículo. Atingido ao tentar ajudar o músico,
Luciano morreu 11 dias depois, no hospital.
O
julgamento na Justiça Militar, na Ilha do Governador, Zona Norte, durou mais de
15 horas: começou às 9h17 e terminou depois das 0h30.
Em
votação, o conselho da Justiça Militar, composto por cinco magistrados – quatro
deles militares –, considerou culpados oito réus por homicídio e tentativa de
homicídio.
A
princípio, o Ministério Público Militar (MPM) denunciou pelos crimes 12
militares, todos praças.
Mas
o próprio MPM pediu a absolvição de quatro militares que não dispararam,
alegação aceita pela Justiça Militar.
Durante
as alegações finais da promotoria do Ministério Público Militar, a responsável
pela denúncia criticou a versão dos agentes de que eles agiram em autodefesa.
A
defesa pedia a absolvição dos militares alegando que houve um confronto e que a
região era conflagrada.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: g1
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