A Polícia Civil investiga os motivos do ataque a tiros feito por um policial militar de folga e sem uniforme a um mercado em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O crime ocorreu na noite de domingo (10) no Mercado Conquista, na Estrada da Conquista: uma pessoa foi baleada e morreu e outras três ficaram feridas pelos disparos.
Todas
as vítimas são da mesma família, não conheciam o atirador e trabalhavam dentro
do estabelecimento comercial, que iria ser reinaugurado. O homem falava
palavras desconexas quando entrou no mercado e atirou, segundo testemunhas.
O
agente da Polícia Militar (PM) Adelmo Dioclecio Silva, de 44 anos, apontado
como suspeito do ataque, também foi baleado e acabou detido pelo crime de
assassinato. Uma das hipóteses é a de que ele tentou se matar depois com um
tiro na cabeça. Até a última atualização desta reportagem ele estava internado
no Hospital Mário Covas, em Santo André, cidade vizinha. Seu estado de saúde
não foi informado.
A
mulher que morreu tinha 65 anos, era aposentada e se chamava Irinusia Rodrigues
Almeida. Ela foi baleada no quadril.
As
outras pessoas baleadas pelo PM são dois homens (um motorista de 43 anos
atingido no pé e o dono do mercado, de 44 anos, ferido no rosto), e uma mulher
(uma desempregada de 39 anos baleada no tórax). Os três sobreviventes foram
levados ao Hospital Assunção, em São Bernardo. O estado de saúde deles também
não foi informado.
O
caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil no 3º Distrito
Policial (DP) de São Bernardo. A Delegacia Seccional apoia às equipes de
investigação para tentar esclarecer os motivos do ataque.
Policiais
civis apuram, por exemplo, se o PM atirou em si mesmo após atirar na família.
Um revólver calibre 38 que o homem usava foi apreendido.
Uma
parente de Adelmo ouvida pela investigação afirmou que desconhece o motivo do
crime, que o policial militar, aparentemente, não conhecia as vítimas, e que
ele não tinha problemas psiquiátricos. A mulher contou ainda que o PM mora em
Diadema, no ABC, e falou que sairia de casa para tratar de "coisa de
homem".
Segundo
o dono do mercado contou à Polícia Civil, ele também não conhece o PM, que
"se mostrava visivelmente embriagado" discutindo com motoristas na
rua. Depois falou que o homem entrou no estabelecimento e começou a atirar.
Outras testemunhas afirmaram aos investigadores que Adelmo gritava "palavras desconexas", como: "minha filha foi embora", "mataram minha filha", "minha filha foi atropelada" e "vocês não queriam morrer?".
Policiais
civis também procuram câmeras de segurança que possam ter gravado o ataque do
PM ao mercado.
Da Redação/Viva
Notícias
Fonte: g1
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